sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Considerações sobre as Lésbicas casuais


Não sei se esse é necessariamente um problema das grandes metrópoles, mas atualmente é muito difícil encontrar qualquer mulher (ou projeto de mulher) com menos de 20 anos que em algum momento da sua vida não tenha beijado, transado ou tido qualquer tipo de contato sexual com outra mulher. Afinal, o que leva as mulheres mais novas praticarem o lesbianismo casual?

Essa é uma questão que já me intriga há certo tempo, e estou estudando esse comportamento há algum tempo, para levantar algum entendimento sobre isso.
No futuro me aprofundarei ainda mais nessa questão, por enquanto darei algumas explicações rasas, de acordo com minhas próprias constatações sobre o que leva essas mulheres a ficarem com outras mulheres, sem serem verdadeiramente homossexuais. Adianto que sei que existem lésbicas “verdadeiras” que realmente não gostam de homens para fins sexuais, e quanto há essas não tenho nada a dizer, o que me é intrigante são aquelas mulheres que ficam ou já ficaram com alguma mulher e de repente em algum momento de suas vidas elas param de fazer isso, para ter relacionamentos com homens. E inclusive elas têm desejos de casar e ter filhos.

Existem dois principais motivos pelo qual elas praticam o lesbianismo casual, e eles são:

  • Elas não levam a própria sexualidade a sério.
  • O lesbianismo é uma prática inconseqüente e irresponsável. Ou seja, terreno fértil para as mulheres que em sua imensa maioria adoram não assumir o peso de suas responsabilidades.

Explicando o primeiro item, o que ocorre é o seguinte. A mulher não leva sua sexualidade tão a sério quanto o homem. A sexualidade feminina tem mais a ver com situações e fantasias do que com algo mais genitalizado. Nós homens quando queremos ou fantasiamos sexo, pensamos nos corpos das mulheres, pensamos na beleza delas e o cenário e a situação são coisas totalmente secundarias para nós. Já para as mulheres não funciona dessa forma, o “momento”, a situação, o cenário e as emoções são mais importantes do que o sexo em si.

A mulher é uma espécie de criança crescida, e sua sexualidade é despertada através de brincadeiras ou curiosidades. Ela é uma espécie de criança travessa, que faz as coisas não por prazer, mas mais motivada pela curiosidade. Talvez por vivermos em tempos sem grandes freios morais estejamos conhecendo a verdadeira sexualidade feminina. Já que não existe uma educação moral que as condicione a determinado padrão sexual, faz com que elas manifestem sua sexualidade de maneira mais “original”. Portanto podemos ver com essas novas mulheres, meninas que brincam entre si, pois isso não é realmente importante pra elas. As mulheres atuais não se importam em “provar” sua sexualidade a ninguém. Todo seu histórico de lesbianismo casual não passa de uma “brincadeira”, um “passatempo”. Já o contrario não acontece, pois o homem não se sujeitaria a ficar com outro homem só “para ver como é que é”. O homem sabe se gosta de mulher, ou se gosta de homem no caso de ser homossexual. Não existe meio termo, os homens bissexuais não passam de degenerados que gostam de mulheres, mas por serem escravos de sua libido, sujeitam-se a aliviar suas tensões com homens também.

Mesmo assim, o fato de não levar a sexualidade a sério não é o principal catalisador do lesbianismo casual. Acredito que o que é muito mais importante para a prática do lesbianismo casual é sua conduta irresponsável.

Comecemos pelo básico. Uma mulher não pode engravidar da outra. E isso já é terreno fértil por si só para que se chupem, se beijem, se penetrem de todas as formas que quiserem sem grandes preocupações. Sem medo de a camisinha estourar, sem medo do remédio falhar e etc. Logo as mulheres podem ficar com tantas mulheres quanto quiserem que dificilmente correrão grandes riscos.

Mas a conduta irresponsável não para por ai. Entre elas, não existe a mulher vagabunda. Talvez por conhecerem os próprios mecanismos sexuais, elas não julgam umas as outras, como vadias, vagabundas e etc. A cultura lésbica é altamente promiscua, justamente porque elas não julgam de maneira pejorativa a traição, a promiscuidade, e libertinagem uma das outras. Inclusive elas são pouco ciumentas. Por elas não julgarem umas as outras, isso mais uma vez dá terreno para que façam o que quiser “sem ninguém encher o saco”. Uma coisa é certa, ficar com homens requer responsabilidade. A mulher sabe que qualquer homem que se preze, não gosta de vadiagem, não gosta de sinais de infidelidade e não gosta de varias condutas que são consideradas normais entre as lésbicas. Não existem mulheres mal faladas entre as lésbicas. Já o contrario existe, a mulher sabe que se ficar com um homem e deixar transparecer suas atitudes duvidosas que ela corre o risco de ficar “mal falada”. E o julgamento masculino é o terror de qualquer mulher.

Logo podemos ver que é muito menos arriscado e requer muito menos responsabilidades ficar entre elas mesmas, do que assumir compromisso com homens. Tanto pelas questões de gravidez quanto pelas questões de julgamentos e responsabilidades. A cultura do lesbianismo casual é uma cultura fácil e pratica. Proporciona prazeres para o corpo e requer um pagamento mínimo.

O problema não para por ai, a família da lésbica casual também é combustível para essa pratica. Vou dar um exemplo que vivi, e além de ter vivido isso constatei com vários colegas que passaram por situações semelhantes que a história se repetia.

Namorei com uma menina por dois anos. A irmã dela, por um “golpe do destino” namorava com uma mulher. Mesmo “não” sendo lésbica. Ela disse que gostava de homens e que só tinha namorado com homens, mas por causa de uma história mirabolante, acabou que engatou em um namoro com essa mulher. A pressão psicológica que a mãe de minha namorada fazia nela e em mim era gigante. Não deixava que dormíssemos no mesmo quarto, ficava a todo tempo lembrando que se ela ficasse grávida iria a expulsar de casa (mesmo ela comprando os próprios anticoncepcionais para a filha), às vezes falava conosco sobre riscos de DST’s, não podíamos ficar sozinhos na casa dela caso ela não estivesse e assim por diante... Já com a filha lésbica era exatamente o contrario. Ela dizia que ficava “desgostosa” por a filha ter escolhido esse caminho. Mas ao mesmo tempo não gastava energias como fazia com a filha hétero. Não era grande problema as duas dormirem juntas, nem ficarem sozinhas na casa e nunca havia papo sobre DST’s e coisas do tipo (como se lésbica fosse imune a doenças). Enfim, indiretamente ela dava berço ao lesbianismo da própria filha. Somente pelo fato de ela não poder engravidar, ela não enchia o saco, não fazia julgamentos de nenhuma espécie e meio que o lesbianismo da filha virou uma coisa boa para ela. Meu caso não é único, outros colegas que já viveram situações semelhantes a minha contam o mesmo caso, as mães de lésbicas casuais não as “enchem” muito, pois apesar de “não gostarem” do que as filhas fazem, sentem-se aliviadas pelas mesmas não poderem engravidar. Ou seja, os pais mesmo que de maneira indireta promovem essa cultura, achando que a “gravidez” é o único problema do mundo.

De qualquer maneira o mais revoltante disso tudo é que a lésbica casual faz isso com consciência. Ela sabe que não gosta de mulheres, ela sabe que quer homens para sua vida, ela ainda pretende casar e ter filhos. Mas prefere viver temporariamente em um submundo de irresponsabilidades para brincar sexualmente o quanto quiser, até tomar vergonha na cara e assumir a responsabilidade de ser uma mulher. E se relacionar com homens.

Há pouco tempo atrás uma lésbica casual disse para uma amiga “Vou começar a dar rolê HT (hétero) cansei de ficar com mina”.

Elas vêem a própria sexualidade como um “rolê”, como algo que definisse sua própria identidade fosse uma espécie de joguinho que você vai e vem quando bem entender. São pessoas sem caráter, mutáveis, que não sabem o que querem da vida. Não se deve confiar em uma lésbica casual. Uma pessoa que não leva a sério a própria sexualidade, provavelmente não leva a sério nada nessa vida.

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